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O Pastor e o Leão
Autor: Esopo[1]

Certo dia, ao contar suas Ovelhas, um Pastor chegou à
 conclusão que algumas estavam faltando. Muito bravo
, aos gritos, cheio de presunção e arrogância, disse que
 gostaria de pegar o responsável por aquilo e puni-lo,
 com suas próprias mãos, da forma merecida.

Suspeitava de um Lobo que vira afastar-se em direção

 a uma região rochosa entre as colinas, onde existiam 
cavernas infestadas deles.

Mas, antes de ir até lá, fez uma promessa aos deuses,

 dizendo que lhes daria em sacrifício, a mais gorda
 e bela das suas Ovelhas, se estes lhes ajudassem
 a encontrar o ladrão.

Após procurar em vão, sem encontrar, nenhum Lobo, quando

 passava diante de uma grande caverna ao pé da
 montanha, um enorme Leão, saindo de dentro,
 põe-se à sua frente, carregando na boca uma de
 suas Ovelhas. Cheio de pavor o Pastor cai de joelhos
 e suplica aos deuses:

"Piedade, bondosos deuses, os homens não sabem

 o que falam! Para encontrar o ladrão ofereci em
 sacrifício a mais gorda das minhas ovelhas. Agora,
 prometo-lhe o maior e mais belo Touro, desde que
 faça com que o ladrão vá embora para longe de mim!"

Conclusão: Quando encontramos aquilo que procuramos,

 logo tende a cessar nosso interesse inicial.


Moral da História: 
Se os benefícios de uma coisa não nos são

 garantidos, devemos pensar duas vezes antes de desejá-la. 
                                                                                                           

A Mulher com o Balde de Leite



Uma jovem Leiteira, que acabara de coletar o leite das vacas, voltava do campo com um balde cheio balançando graciosamente à sua cabeça.

E Enquanto caminhava, feliz da vida, dentro de sua cabeça, os pensamentos não paravam de chegar. E consigo mesma, alheia a tudo, planejava as atividades e os eventos que imaginava para os dias vindouros.

"Este bom e rico leite," ela pensava,"me dará um formidável creme para manteiga. A manteiga eu levarei ao mercado, e com o dinheiro comprarei uma porção de ovos para chocar. E Como serão graciosos todos os pintinhos ao nascerem. Até já posso vê-los correndo e ciscando pelo quintal. Quando o dia primeiro de maio chegar, eu venderei a todos e com o dinheiro comprarei um adorável e belo vestido novo. Com ele, quando for ao mercado, decerto serei o centro das atenções. Todos os rapazes olharão para mim. Eles então virão e tentarão flertar comigo, mas eu imediatamente mandarei todos cuidarem de suas vidas!"



Enquanto ela pensava em como seria sua nova vida a partir

 daqueles desejados acontecimentos, desdenhosamente jogo
u para trás a cabeça, e sem querer deixou cair no chão o balde
 com o leite. E todo leite foi derramado e absorvido pela terra,
 e com ele, se desfez a manteiga, e os ovos, e os pintinhos, e o
 vestido novo, e todo seu orgulho de leiteira.

Moral da História:Não conte seus pintos, quando sequer saíram das cascas.
                                                                                                                                             

A Raposa e as Uvas



Uma Raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um
 pomar, penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns
 cachos de exuberantes Uvas negras, e mais importante, maduras.

Não pensou duas vezes, e depois de certificar-se que o caminho

 estava livre de intrusos, resolveu colher seu alimento.

Ela então usou de todos os seus dotes, conhecimentos e

 artifícios para pegá-las, mas como estavam fora do seu
 alcance, acabou se cansando em vão, e nada conseguiu.

Desolada, cansada, faminta, frustrada com o insucesso

 de sua empreitada, suspirando, deu de ombros, e se deu
 por vencida.

Por fim deu meia volta e foi embora. Saiu consolando a si

 mesma, desapontada, dizendo:

"Na verdade, olhando com mais atenção, percebo agora

 que as Uvas estão todas estragadas, e não maduras como
 eu imaginei a princípio..."
Moral da História:Ao não reconhecer e aceitar as próprias
 limitações, o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade.

                                                                                                                                               

O Corvo e o Jarro
figura
Um Corvo, que estava sucumbindo de sede,
 viu lá do alto um Jarro, e na esperança de
 achar água dentro, voou até ele com muita alegria.

Quando lá chegou, descobriu para sua tristeza,

 que o Jarro continha tão pouca água em seu
 interior, que era impossível alcançá-la com seu curto bico.

Ainda assim, ele tentou de tudo para beber a

 água que estava dentro do Jarro, mas com
 um bico tão curto, todo seu esforço foi em vão.

Por último ele pegou tantas pedras quanto podia

 carregar, e uma a uma, colocou-as dentro da Jarra.
 Ao fazer isso, logo o nível da água ficou ao alcance
 do seu bico, e desse modo ele salvou sua vida.


Moral da História:
A necessidade ou a crise é a mãe de todas as invenções.
                                                                                                                                                                                              
As Duas Cabras


Duas cabrasDuas Cabras brincavam alegremente sobre
 as pedras, na parte mais elevada de um vale
 montanhoso. Ocorre que se encontravam
 separadas, uma da outra, por um abismo,
 em cujo fundo corria um caudaloso rio que
 descia das montanhas.

O tronco de uma árvore caída era o único e 

estreito meio de cruzar de um lado ao outro
 do despenhadeiro, e nem mesmo dois pequenos
 esquilos eram capazes de cruzá-lo ao mesmo
 tempo, com segurança.

Aquele estreito e precário caminho era capaz

 de amedrontar mesmo o mais bravo dos
 pretendentes à travessia, Exceto aquelas Cabras.
Mas, o orgulho de cada uma delas, não permitiria que uma permanecesse diante da outra,
 sem que isso não representasse uma afronta aos seus domínios, mesmo estando
 separadas pela funda garganta.

Então resolveram, ao mesmo tempo, atravessarem o estreito caminho,

 para brigarem entre si, com o propósito de decidir qual delas deveria
 permanecer naquele local. E no meio da travessia as duas se encontraram
, e começaram a se agredir mutuamente com seus poderosos chifres.

Desse modo, firmes na decisão de levar adiante o forte desejo pessoal

 de dominação, nenhuma das duas mostrava disposição em ceder caminho
 à adversária. Assim, pouco tempo depois, acabaram por cair na profunda
 grota, e logo foram arrastadas pela forte correnteza do rio.

Moral da História:É melhor abrir mão do orgulho do que chamar para si a desgraça através da vaidade e teimosia.
                                                                                                                                             

A Serpente e a Lima
figura
Uma serpente, ao entrar no local de
 trabalho de um ferreiro, procurou ali
 em meio às ferramentas, alguma coisa
 capaz de matar sua fome.
xxxx
Ela dirigiu-se então à uma Lima (ferramenta

 usada para polir ou desbastar metais
 ou objetos duros ), e perguntou-lhe
 gentilmente se esta não lhe poderia dar comida.
xxxx
A lima respondeu: "Você deve ser muito boba

 minha amiga, se espera obter de mim
 alguma coisa, logo eu, que sou 
acostumada a sempre tirar dos outros,
 e nunca lhes devolver nada."
xxxx

Autor: Esopo

Moral da História: Os avarentos são péssimos doadores.
                                                                                                                                                                                                       
A Rã e o Rato


Rã e RatoUm jovem Rato em busca de aventuras estava 
correndo ao longo da margem de uma lagoa onde
 vivia uma Rã. Quando a Rã viu o Rato, nadou até
 a margem e disse coachando:

"Você não gostaria de me fazer uma visita?

 Prometo que, se quiser, não se arrependerá..."

O Rato aceitou a oferta na hora, já que estava

 ansioso para conhecer o mundo e tudo que havia nele.

Entretanto, embora soubesse nadar um

 pouco, cauteloso, ele disse que não se
 arriscaria a entrar na lagoa sem alguma ajuda.

A Rã teve uma ideia. Ela amarrou a perna

 do Rato à sua com uma robusta fibra de
 junco. Então, já dentro da lagoa, pulou
 levando junto com ela seu infeliz e ingênuo companheiro.
O Rato logo se deu por satisfeito e queria voltar para terra firme. Mas a traiçoeira Rã tinha outros planos. Ela deu um puxão no Rato, que preso à sua perna nada podia fazer, e mergulhou na água afogando-o. 

No entanto, antes que ela pudesse soltar-se da fibra que a prendia ao Rato, um Falcão que sobrevoava a lagoa, ao ver o corpo do Rato flutuando na água, deu um vôo rasante, e com suas fortes garras o segurou levando-o para longe, ainda com a Rã presa e pendurada à sua perna. 

Desse modo, com um só golpe, a Ave de rapina capturou a ambos, tendo assegurada uma porção de carne variada, animal e peixe, para o seu jantar daquele dia. 


Moral da História:
Aquele que procura prejudicar os outros, frequentemente, através de suas próprias artimanhas, acaba por prejudicar a si mesmo...
 

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Créditos ao Site: FÁBULAS ILUSTRADAS
Site: 
http://sitededicas.ne10.uol.com.br/cfab.htm

OBS: TODAS ESSAS FÁBULAS FORAM ESCRITAS PELO FABULISTA ESOPO

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